Cemitérios Militares
em Moçambique
De: Vitor Baião
[mailto:vic.cristovam@netcabo.pt]
Enviada: quinta-feira, 12 de Junho de 2008 11:57
Para: geral@ligacombatentes.org.pt
Assunto: CEMITÉRIOS MILITARES EM MOÇAMBIQUE
Enviada: quinta-feira, 12 de Junho de 2008 11:57
Para: geral@ligacombatentes.org.pt
Assunto: CEMITÉRIOS MILITARES EM MOÇAMBIQUE
Exmos. Senhores
Abaixo transcrevo notícia de hoje (12/06/2008) publicada no Jornal
“Notícias” de Maputo – Moçambique, que muito me preocupa dado o estado de
abandono a que se encontram os antigos cemitérios militares portugueses naquele
País.
Do Niassa para o Malawi: Combate-se
venda de ossos humanos
Maputo, Quinta-Feira, 12 de Junho de 2008Notícias
O FENÓMENO de exumação
sistemática de ossadas humanas na província do Niassa, para posterior
comercialização no vizinho Malawi, está a merecer uma especial atenção das
autoridades policiais, que desenvolvem um esforço suplementar com vista ao seu
combate. Os fins para os quais os ossos são vendidos ainda continuam um
mistério, especulando-se apenas que se destinam a actos de bruxaria.
Entretanto, a PRM diz precisar de mais tempo para estancar em definitivo tal
prática.
Depois de um período
bastante agitado, em que só no ano passado foram registados cinco casos de
exumação de corpos e subsequente retirada de ossos, a Polícia afirma ter
desenvolvido um trabalho intenso com vista a estancar a situação. Do trabalho
feito, segundo José Mahunguele, Comandante da PRM no Niassa, constam campanhas
de sensibilização e mobilização da população para não enveredar por estes
caminhos.
A acção, de acordo com a
nossa fonte, fez com que este ano apenas se registassem dois casos e com dois
indivíduos detidos acusados de serem os autores das exumações e consequente
venda dos ossos. Apontou que, porque a população está a colaborar para acabar
com o fenómeno, outras pessoas foram detidas quando se encontravam na iminência
de protagonizar tais actos.
“Os crimes de profanação
de jazigos datam de há muitos anos e muitos deles respondem a razões históricas
de certas pessoas. Não está muito claro para que fins levam as ossadas, mas,
por aquilo que temos vindo a ouvir das pessoas, usam-nas para actos de
obscurantismo, pois nunca se vai encontrar uma loja ou cantina a se vender o
“produto”. As pessoas retiram com um objectivo pré-concebido e que passa por
actos de feitiçaria”, disse.
Mahunguele mostra-se
esperançado em que o combate a estas práticas chegue ao fim, e uma das vias que
se pretende usar é reunir com a contraparte malawiana, para encontrar bases
concretas para o problema.
Apontou que alguns casos
reportados ultrapassam a componente criminal, razão pela qual serão solicitados
alguns cientistas sociais para ajudarem a corporação a produzir juízos de
valor.
“Também achamos melhor
envolver os curandeiros, porque são as pessoas que mais estão ligadas a
questões de medicamentos tradicionais usados em muitas circunstâncias pelas
pessoas que fomentam esta prática”, disse.
Aquele oficial da
Polícia explicou que quando as pessoas são encontradas com as ossadas, nunca
assumem ser sua pertença, dizendo que pertencem a outras que se dedicam ao
assunto e que supostamente se encontram fugitivas. Nesta ordem de ideias, é
muito difícil descobrir os propósitos para os quais os ossos são desenterrados.
É minha opinião que a recolha dos restos mortais dos combatentes
portugueses que ficaram dispersos naquele antigo estado deve ser uma missão
urgente que compete à Nação, para evitar o deslustre e permitir às populações daquele
novel País a recuperação dos espaços ocupados pelos antigos cemitérios
militares portugueses.
Deverá competir à Liga dos Combatentes dinamizar estas acções e
reclamar os meios indispensáveis, (diplomáticos e financeiros) para o efeito o
que considero um alto desiderato nacional.
Respeitosos Cumprimentos
Vítor Baião
Sócio Nº 153476
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