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COMBATENTES
– Patriotas e não mercenários, merecem dignidade
1
– Constituição da República Portuguesa – Artigo 276: “A defesa da Pátria é direito e dever
fundamental de todos os portugueses”. É sabido que, sem soldados – isto é, sem
combatentes – não haveria Pátria ou território, a tal “nesga de terra debruada
de mar”, no dizer de Torga; não haveria população; não haveria matriz cultural;
não haveria segurança, não haveria Justiça, não haveria Bem-Estar, não haveria
liberdade.
Brandão Ferreira, in “dia de Portugal
e das Comunidades”
2 - “O Presidente da
República, em atitude inédita entre os seus pares, resolveu comparecer numa
cerimónia de homenagem aos combatentes do Ultramar, louvando-os e
dignificando-os enquanto soldados de Portugal!
A “geração de África” foi
abandonada a si própria, renascendo de vez em quando nos nossos dias tão só
para alimentar as lamúrias e a caça ao subsídio dos patrões de uma
“solidariedade” que nada tem a ver com a sua honra nem com o seu sacrifício.
Ao contrário do que se passa em países civilizados que nos são próximos - Reino Unido e França, por exemplo - em que os combatentes, qual seja a razão ou o resultado das guerras que travaram, merecem reconhecimento, glorificação e compensação moral, quando não de outra natureza. Portugal riscou os combatentes da sua história recente, quando não os acusou de males de que jamais foram culpados. Propositadamente, ignoram a dignidade”. Pedro Lomba, in “Público”
Ao contrário do que se passa em países civilizados que nos são próximos - Reino Unido e França, por exemplo - em que os combatentes, qual seja a razão ou o resultado das guerras que travaram, merecem reconhecimento, glorificação e compensação moral, quando não de outra natureza. Portugal riscou os combatentes da sua história recente, quando não os acusou de males de que jamais foram culpados. Propositadamente, ignoram a dignidade”. Pedro Lomba, in “Público”
Os anos vão passando... as memórias
vão-se diluindo... mas não esquecemos os soldados que foram atirados para
Angola para suster os massacres contra seres indefesos como eram os velhos, as
mulheres e as crianças, que foram chacinadas nos terríveis tempos de Março de
1961 e seguintes.
Faz-se o Dia de Portugal e de Camões,
mas os Combatentes do Ultramar são ignorados!
A França e a Alemanha, que se
digladiaram nas guerras, uniram-se para honrar os seus mortos, como o fazem o
Reino Unido, a Bélgica... os Estados Unidos, o Canadá e a Rússia!
Mas Portugal... parece que apenas se
lembra de ter participado na 1ª. Guerra Mundial, enquanto havia Combatentes
vivos! E os Combatentes do Ultramar?
É uma pena... mas em Portugal parece
que as autoridades pretendem votar ao ostracismo aqueles nossos Soldados que
morreram no Ultramar... e o mesmo se pode constatar em relação aos que ainda
hoje sofrem na carne as profundas cicatrizes adquiridas na sua estadia no
teatro de operações em África. da Jornalista
Isabel Stilwell
4 - Nós não estamos a pedir mais do que
nos é devido. Nós queremos que nos devolvam parte do que a guerra nos tirou:
anos de vida, pelo desgaste prematuro; a dignidade estigmatizada no desprezo a
que fomos votados pelos governantes da Pátria que juramos defender. Perdemos
parte da juventude e dos nossos sonhos ao serviço da Pátria. A guerra nunca foi
atraente. Estivemos lá porque somos pessoas de bem-querer à Pátria e a
sociedade política nos obrigou. Muitos mergulharam no desespero e perderam a
noção da realidade; outros sentiram o sangue a esvair-se sem retorno. Os que
regressaram sentiram o abandono e o tormento das maleitas agarradas ao corpo e
as visões das emboscadas e dos corpos esfacelados a perturbar as noites mal
dormidas e completamente zonzos pelo stress sem redenção. Falta-nos o
reconhecimento.
Joaquim Coelho, in “Comunicação Social”
5 – “Apoia-se os Antigos Combatentes ou espera-se que morram?
O
mesmo governo que disponibiliza verbas significativas pata assistir drogados
contaminados em troca de seringas, pagas pelo Estado, não considera prioritário
destinar os montantes necessários para assistir em hospitais militares antigos
combatentes que padecem dos males que involuntariamente contraíram, sem se
drogarem!”
Mário Crespo, in JN
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