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14 de dezembro de 2017

Liga dos Combatentes contra os Combatentes

 COMBATENTES e LIGA,  SEM CONSENSOS – a debater

1 – “Conservação das Memórias”, para quem? - Com que finalidade e a título de quê, em terras onde houve todo o tipo de hostilidades e existem, ainda, muitas mágoas?
A política definida e seguida pela Direcção da Liga dos Combatentes, para os Combatentes mortos e abandonados nas antigas terras ultramarinas, não respeita a vontade da esmagadora maioria dos Antigos Combatentes. Tal desprezo pelos valores e sentimentos fraternais dos Antigos Combatentes é uma inadmissível e intolerável afronta a todos quantos viram os seus camaradas de armas morrer ao serviço da Pátria, muitas vezes, em condições extremas de sobrevivência à tragédia das emboscadas e das minas que os afectaram para o resto das suas vidas.
Nos Convívios que se realizam por todo o país, os mortos “que ficaram para trás” são lembrados com um misto de pesar, mas, também, com um certo azedume e revolta por terem ficado esquecidos em terras longínquas. Por isso, os Antigos Combatentes das guerras ultramarinas não mandataram a Liga dos Combatentes e afirmam-se contra tais políticas e acções de profanação das campas, apenas, para mudar de um local para outro, sempre em território estrangeiro, quando é um dever patriótico, prático e seguro resgatá-los para as terras de origem, berço dos seus ancestrais. Só uma entidade opaca, antidemocrática e, até, antipatriótica, desrespeita, assim, a vontade daqueles que sofrerem os efeitos da guerra.

2 – Abusos da Liga dos Combatentes - Perante os abusos de autoridade, gastos de avultadas quantias em deslocações aos antigos territórios ultramarinos e manifesto desprezo pelos verdadeiros interesses dos Antigos Combatentes, é urgente constituir uma Comissão de Auditoria à Liga dos Combatentes, para saber quem, como e quando se efectuaram tais deslocações, pormenores dos resultados, quanto dinheiro foi gasto e a sua origem. Até haver conclusões, a Direcção da Liga poderá gerir, apenas, as situações da vida corrente das suas delegações, lares e apoios em curso.
Se for caso disso, serão denunciadas publicamente todas as situações de funcionamento inadequado e deficiente gestão conhecidas, bem como, serão intentados processos judiciais junto das instituições portuguesas e europeias, além das convenientes providências cautelares.

3 – Processos de despistagem da doença pelo “stress-pós-traumático”. Porque demoram mais de dez anos? Porque não avançam em tempo útil, antes que os pacientes morram? Com a pujança da sua estrutura, meios financeiros e logísticas, o que tem feito a Liga dos Combatentes para minorar os problemas dos Antigos Combatentes que carecem de apoio nas suas fragilidades físicas e mentais, nas engrenagens da máquina burocrática e das más vontades?
Da experiência de outros países, tal como a Associação Psiquiátrica Americana, sabe-se que os traumas de guerra trazem consigo um rol de problemas físicos e metais que não podem ser descurados. Os convívios podem servir de terapia para muitos dos Antigos Combatentes, mas, em certos casos, podem ser penosos e criar ansiedade depressiva. As equipas médicas devem ser compostas por psiquiatras, psicólogos, sociólogos e médicos bem habilitados para lidar com estas situações, devendo ser acelerados todos os processos já concluídos com detecção da doença SPT. Afastar os burocratas deste caminho do reconhecimento da doença e do seu desfecho final é a melhor maneira de resolver os problemas com seriedade e atempadamente.

14 de Dezembro de 2014

A Direcção da Associação do Movimento Cívico de Antigos Combatentes 
https://www.facebook.com/Antigos.Combatentes


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