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14 de dezembro de 2017

Combatentes indignados


VER Vídeo:  https://www.youtube.com/watch?v=JpqfeQ5qEPU

COMBATENTES – Patriotas e não mercenários, merecem dignidade

1 – Constituição da República Portuguesa – Artigo 276:  “A defesa da Pátria é direito e dever fundamental de todos os portugueses”. É sabido que, sem soldados – isto é, sem combatentes – não haveria Pátria ou território, a tal “nesga de terra debruada de mar”, no dizer de Torga; não haveria população; não haveria matriz cultural; não haveria segurança, não haveria Justiça, não haveria Bem-Estar, não haveria liberdade.
Brandão Ferreira, in “dia de Portugal e das Comunidades”

2 - “O Presidente da República, em atitude inédita entre os seus pares, resolveu comparecer numa cerimónia de homenagem aos combatentes do Ultramar, louvando-os e dignificando-os enquanto soldados de Portugal!
A “geração de África” foi abandonada a si própria, renascendo de vez em quando nos nossos dias tão só para alimentar as lamúrias e a caça ao subsídio dos patrões de uma “solidariedade” que nada tem a ver com a sua honra nem com o seu sacrifício.
Ao contrário do que se passa em países civilizados que nos são próximos - Reino Unido e França, por exemplo - em que os combatentes, qual seja a razão ou o resultado das guerras que travaram, merecem reconhecimento, glorificação e compensação moral, quando não de outra natureza. Portugal riscou os combatentes da sua história recente, quando não os acusou de males de que jamais foram culpados. Propositadamente, ignoram a dignidade”. Pedro Lomba, in “Público

Os anos vão passando... as memórias vão-se diluindo... mas não esquecemos os soldados que foram atirados para Angola para suster os massacres contra seres indefesos como eram os velhos, as mulheres e as crianças, que foram chacinadas nos terríveis tempos de Março de 1961 e seguintes.
Faz-se o Dia de Portugal e de Camões, mas os Combatentes do Ultramar são ignorados!
A França e a Alemanha, que se digladiaram nas guerras, uniram-se para honrar os seus mortos, como o fazem o Reino Unido, a Bélgica... os Estados Unidos, o Canadá e a Rússia!
Mas Portugal... parece que apenas se lembra de ter participado na 1ª. Guerra Mundial, enquanto havia Combatentes vivos! E os Combatentes do Ultramar?
É uma pena... mas em Portugal parece que as autoridades pretendem votar ao ostracismo aqueles nossos Soldados que morreram no Ultramar... e o mesmo se pode constatar em relação aos que ainda hoje sofrem na carne as profundas cicatrizes adquiridas na sua estadia no teatro de operações em África.   da Jornalista Isabel Stilwell

4 - Nós não estamos a pedir mais do que nos é devido. Nós queremos que nos devolvam parte do que a guerra nos tirou: anos de vida, pelo desgaste prematuro; a dignidade estigmatizada no desprezo a que fomos votados pelos governantes da Pátria que juramos defender. Perdemos parte da juventude e dos nossos sonhos ao serviço da Pátria. A guerra nunca foi atraente. Estivemos lá porque somos pessoas de bem-querer à Pátria e a sociedade política nos obrigou. Muitos mergulharam no desespero e perderam a noção da realidade; outros sentiram o sangue a esvair-se sem retorno. Os que regressaram sentiram o abandono e o tormento das maleitas agarradas ao corpo e as visões das emboscadas e dos corpos esfacelados a perturbar as noites mal dormidas e completamente zonzos pelo stress sem redenção. Falta-nos o reconhecimento. 
Joaquim Coelho, in “Comunicação Social”

5 – “Apoia-se os Antigos Combatentes ou espera-se que morram?
O mesmo governo que disponibiliza verbas significativas pata assistir drogados contaminados em troca de seringas, pagas pelo Estado, não considera prioritário destinar os montantes necessários para assistir em hospitais militares antigos combatentes que padecem dos males que involuntariamente contraíram, sem se drogarem!”

Mário Crespo, in JN 

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